22/02/2018

Joseph Conrad e Fernando Pessoa são os novos nomes dos Clássicos Guerra e Paz

LORD JIM
Joseph Conrad
N.º de Páginas: 368
PVP: 19,00 €
Ficção/Literatura Estrangeira

Sinopse: 
Jim é um romântico. Influenciado por leituras de juventude, de aventuras e heroísmo, e por uma rígida educação paterna, que lhe incutiu os valores da bravura e da nobreza, entra para a marinha mercante, em busca de cumprir esses ideais. Contudo, quando o momento chega, não resiste à pressão dos seus companheiros e abandona à morte todos os passageiros do navio, o Patna. O navio salva-se, Jim perde-se. Atormentado pela sua consciência, isola-se, sente-se perseguido pelas imagens do seu crime, pelo falhanço em viver de acordo com a imagem que tinha de si. Procura a redenção, uma nova oportunidade de se mostrar leal, bravo, herói. Conseguirá?
Lord Jim, livro maior de Conrad, a par de Coração das Trevas, consagrou definitivamente o autor como um dos grandes da literatura inglesa. A sua influência é marcante e perdura até aos dias de hoje. Saul Bellow, por exemplo, prestou sentida homenagem a Conrad no seu discurso de aceitação do prémio Nobel.
É um livro marcante e uma leitura inolvidável. A história do Homem contra si mesmo, de falhanço e redenção. Em suma, uma história da humanidade.

Sobre o autor: 
Joseph Conrad. Com o nome de baptismo de Józef Teodor Konrad Korzeniowski, nasceu na Ucrânia, em 1857, sob a autoridade czarista. Filho de um casal polaco no exílio, órfão aos onze anos, ficou sob a tutela do tio materno, o responsável pela sua grande paixão: viajar por mar. Em 1874, parte para Marselha e assim inicia a sua carreira como marinheiro. Em 1886, obtém nacionalidade britânica e o certificado de mestre no Serviço Mercantil Britânico. Anos mais tarde, aproveitando as suas experiências na Marinha, abandona o mar para se dedicar à escrita durante o apogeu do Império Britânico. Almayer’s Folly (1895) foi o seu primeiro romance. Com grande mestria narrativa, é ainda autor de outras obras, entre as quais se destacam: Lord Jim (1900), Nostromo (1904), The Secret Agent (1907), Under Western Eyes (1911), Chance (1916). Em 1890, escreveu O Diário do Congo, que viria a dar origem a Coração das Trevas (1902). Morreu em Kent em 1924.


MENSAGEM
Fernando Pessoa
N.º de Páginas: 120
PVP: 12,00 €
Ficção/Literatura Portuguesa

Sinopse: 
Mensagem é o único livro publicado em vida por Fernando Pessoa. Uma obra repleta de simbolismo, «realmente um só poema» numa sequência de quarenta e quatro composições imersas num certo sebastianismo. Questão que só o próprio Pessoa poderia decifrar: até que ponto essa construção saudo-sista e sebastianista não é apenas e só mais uma das máscaras do poeta, mais uma das facetas do seu fingimento?
A história de Portugal é o tema, ainda que o intuito não seja propriamente narrar os grandes feitos portugueses. Com Pessoa, revisitamos o passado lendário e mítico, a saga dos Descobrimentos, na busca de um sentido para essa antiga grandeza contraposta à decadência actual. Estaremos diante do plano para regenerar Portugal, incutido nesse desígnio divino e espiritual – o Quinto Império? Ou será que, como disse Jorge de Sena, a Mensagem é apenas a criação poética, e por isso, lúdica, de um Portugal mítico?
Embora Pessoa seja muito conhecido pelos seus heterónimos, o livro Mensagem foi publicado sob o seu próprio nome – o ortónimo. Uma obra-prima essencial para a compreensão da visão poética de Pessoa, com múltiplas e infindáveis interpretações, inclusivamente contraditórias. O mais importante é que o sonho, o sonho poético e não necessariamente político de Pessoa, se cumpra: «É a Hora!»

Sobre o autor: 
Fernando Pessoa. Fernando António Nogueira Pessoa nasceu a 13 de Junho de 1888, em Lisboa. Foi também em Lisboa que morreu,a 30 de Novembro de 1935. Perdeu cedíssimo o pai, que morreu tuberculoso. A mãe voltou a casar e Fernando, menino de sua mãe, foi com a família para Durban, onde fez os estudos secundários e chegou a frequentar o equivalente ao primeiro ano de universidade. Regressa a Portugal, sozinho, em 1905, com 17 anos. Matricula-se no Curso Superior de Letras, que depressa abandona. Nunca casou, nem mesmo com Ofélia, e deu-se maravilhosamente com dois tios e com os sobrinhos.
Em 1912, estreia-se na revista A Águia com artigos de natureza ensaística. Em 1915, participa no pequeno grupo que cria e lança, com competente escândalo vanguardista, a revista Orpheu, peça
fundadora do modernismo em Portugal, e onde publica dispersamente os seus poemas, bem como noutros jornais e revistas literárias. Em 1917, publica na revista Portugal Futurista. Em 1924, publica a revista Athena, animada pelas principais máscaras pessoanas, Caeiro, Campos, Reis e Pessoa ele-mesmo. Em 1927, publica na revista Presença, lançada a 10 de Março desse ano. Em 1934, Pessoa publica o seu primeiro livro em Portugal, a Mensagem, em que exprime a sua visão mítica e nacionalista do país.
Frequentador da Brasileira do Chiado e do Martinho da Arcada, Fernando Pessoa foi nacionalista e sebastianista, polemista político, pela sua boca ou pela boca de Álvaro de Campos. Foi também filósofo de ofício quando foi António Mora, ou por fatalismo e desassossego quando se assinou Bernardo Soares, intempestiva e futuristicamente quando calhou Campos e Ele-mesmo digladiarem-se intestinamente.
Fernando Pessoa, enquanto jovem artista, foi um defensor do movimento da Renascença Portuguesa, que integrou, para mais tarde ser exuberantemente pagão e amoral.
Não se pode dizer que tenha tido muito êxito financeiro prático: levou à falência as duas empresas que criou, uma tipografia (Íbis) e uma editora e agência (Olisipo).
Deu-se à astrologia. E o esoterismo deu-lhe a ele conselhos e vozes do além de que deixou testemunho.

0 comentários: